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Em ultima análise.

As vezes faço discursos incoerentes na tentativa de mostrar alguma reflexão, ou coerência nas ideais, mas no fim, me perco. Me perco e encontro você no caminho. Meus olhos percorrem seu rosto e tento encontrar coesão na peça que o destino nos pregou... Ou na peça que pregamos ao próprio destino, mas novamente me perco, causa perdida - decreto. E agora? Como é que se cura um coração partido? Reconstruir os pedaços e restaurar as veias rompidas, não é fácil, e leva-se tempo, além de ser incrivelmente desconcertante. Desequilibra a mente, o corpo e o coração, e para equilibrar... Ah meu amigo, cê tem que penar.
A verdade é que as pessoas perdem a chance de reconhecer o lado bom das coisas ruins, mas meu caro, é preciso redescobrir esperança na dor. 
Eu vi você passar levando meu encanto consigo, e foi assim que nosso destino se traçou, sob o som de uma banda qualquer.
Não me lembro ao certo quando acabou, mas provavelmente, ao som da mesma banda, a final, toda a trajetória foi pra chegar ao fim, ou ao início, dependendo do ponto de vista.
Nunca tive muito a oferecer, talvez apenas abrigo, acompanhado de um pouco de carinho, mas nada além disso... O que se torna vago demais, escasso demais, eu reconheço e compreendo. É de se esperar também que toda a escassez chegue ao fim, e é claro, chegou. 
Mas viu, se reconstrói aos poucos, peça por peça, e sem pressa, tudo tem seu tempo, sua hora... e a sua, a minha, a nossa... Chegará.
Um dia você encontra um mar de amor, onde a escassez nunca ameaçará acabar com o infinito de amor que esse mar tem pra te oferecer. Um dia você encontra alguém que não implique com seus cigarros, e nem com a bebida exagerada de todas as noites. Alguém que não reclame da sua bagunça e da toalha molhada que você insiste em deixar em cima da cama, e ai você decide cê se vai ou se fica.
Toda bagunça tem reparo, então repara, repara aos poucos pra não deixar nenhuma brecha ou chance da ferida novamente se abrir. 
É engraçado, não tenho muita afeição por Freud, mas concordo quando citou ''Em ultima análise, precisamos amar para não adoecer'', por isso, não adoeça não, isola, mas não se isola, compreende? Se abre pro mundo, pros amores, pros encantos e também pros desencantos. Se revele, se encontre e também se perca, ás vezes é preciso.  
E cá pra nós, é preciso florescer quando não for época de ter flores. Desabrochar sentimentos, sorrisos e amores. 


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